Me chamo Leandra e sou apaixona pelas histórias da vida

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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

I have a Dream...


"Somos assim: sonhamos o voo, mas tememos a altura. Para voar é preciso ter coragem para enfrentar o terror do vazio. Porque é só no vazio que o voo acontece. O vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas. Mas é isso o que tememos: o não ter certezas. Por isso trocamos o voo por gaiolas. As gaiolas são o lugar onde as certezas moram."
Fiódor Dostoiévski, em Os Irmãos Karamazov

Cá estou, na iminência de realizar um grande e esperado sonho e...morrendo de medo!
Analisando a reflexão acima, percebo quantos foram os sonhos pelos quais deixei de lutar exatamente pela ausência de certezas e do receio do fracasso. Mas existe fracasso maior do que sequer tentar? 

Mas enfim, voltemos ao sonho!
(Esse mesmo, por pouco não ficou para trás!)

Hoje, queria gritar alto para o mundo ouvir a grande realização que estou prestes a vivenciar. Meu coração mal cabe dentro do peito tamanha emoção e expectativa.
Ao mesmo tempo fico remoendo as incertezas: o que nos espera, como o Lucca irá se comportar e o pior (e principalmente), o que os outros irão pensar?

Que raiva de mim por me importar tanto com o julgamento alheio, que na maioria das vezes provém de pessoas que na realidade nem gostam da gente e querem apenas especular e julgar.
Há algumas semanas assisti o espetáculo “O Homem de La Mancha”, musical de Miguel Falabella inspirado em Dom Quixote. Nessa versão brasileira, o diretor por sua vez se inspirou em Bispo do Rosário, artista plástico que ficou internado por mais de 50 anos em um hospício. A história inclusive se passa num manicômio dos anos 30.

O musical inteiro é permeado por uma atmosfera de sonho, meio insólito, meio insano, mas um tanto real. A mensagem que ficou para mim definiu-se pela trilha sonora e a mais emblemática foi com a música do Chico Buarque.
“Sonhar mais um sonho impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite improvável
Tocar inacessível chão...”


Quero que minha mente se volte apenas para o sonho, que eu consiga esquecer o medo, as fofocas, parar de pensar em tantas justificativas para dar, quero me jogar no vazio, me sentir livre e dar um chute nas gaiolas.
Sendo assim, vou ali realizar meu sonho e já volto!