Costumo dizer que mãe não fica doente, não tem férias, tampouco final de semana.
E chega um momento que o esgotamento é tanto...
São tantas demandas e preocupações, que o cansaço não é somente físico, mas também emocional.
Se o filho adoece então, a estafa é potencializada.
O bebê nasce e você passa a se preocupar o tempo todo, do cocô ao umbigo, do banho à hora do suquinho natural. Passa a ser coadjuvante da própria vida para que uma nova Estrela principal possa brilhar.
O tempo voa freneticamente, as preocupações mudam, mas a mãe nunca relaxa.
Beirando os 3 anos de idade, agora meu filho está numa fase em que já impõe sua personalidade forte, imprime um ar mandão que me desafia e ainda não sabe lidar nem com as pequenas frustrações.
Aliamos a esse cenário o estresse do trabalho, os problemas do dia a dia, a crise econômica, a violência urbana e sim, tem hora que dá vontade de sentar e chorar.
Mas aí, num desses momentos em que eu literalmente desabei, me lembrei dos choros escondidos no banheiro em determinada época do mês, dos exames que me reviraram do avesso, da médica nos indicando as clínicas de fertilização, daquela doída sensação de que eu não conseguia engravidar...
Desculpa filho, juro que terei mais paciência contigo, porque assim como um dia você deixou de mamar, um dia você não mais procurará meus cabelos na hora do soninho, nem irá correr para o meu colo quando ralar o joelho. Um dia você não dirá em voz alta que me ama desse tamanhão ou que quer tomar uma tetê comigo no sofá.
Me perdoa filho, por em alguns momentos esquecer que você é a realização do meu maior sonho, meu Kairós.
Eu te amo mais que tudo, a mamãe só está cansada...
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